
Um desses estudos, apresentado pela Universidade da Virginia, nos EUA, apontou que o declínio de alguns aspectos do desempenho cognitivo começa aos 27 anos de idade. Depois de avaliar dois mil indivíduos de diversas idades, os pesquisadores descobriram que aos vinte e poucos anos, embora os neurônios continuem trabalhando, as conexões que existem entre eles — as chamadas sinapses — vão se tornando menos eficientes.
Isso acaba afetando significativamente diversas atividades mentais, como a capacidade de desenhar e visualizar objetos mentalmente, por exemplo. E, aos 30 anos de idade, a memória e o raciocínio já não são mais os mesmos de poucos anos antes. Outro estudo, conduzido pela Universidade Simon Fraser, no Canadá, apontou que o declínio cognitivo começa mais cedo ainda, aos 24 anos de idade.
Os pesquisadores canadenses chegaram a essa conclusão depois de avaliar o desempenho de 3.305 indivíduos com idades entre 16 e 44 anos. No estudo, os participantes jogaram um game que recriava situações do cotidiano ao mesmo tempo em que media a habilidade cognitiva dos voluntários — desde a capacidade de concentração até a de realizar várias atividades simultaneamente ou de mudar o foco de questões imediatas para algo mais no futuro.
Tal como haviam previsto, a velocidade com a qual os voluntários tomavam decisões e mudavam de uma atividade para a outra declinava conforme a idade aumentava. E, apesar de pesquisas anteriores já terem demonstrado isso, o estudo dos canadenses detectou que o primeiro declínio ocorre quando atingimos os 24 anos. Além disso, os cientistas descobriram que a partir dessa idade, a cada 15 anos a velocidade cognitiva diminui em aproximadamente 15%
CALMA... CALMA...
Segundo os pesquisadores, o cérebro — esse órgão sensacional —compensa parte do declínio cognitivo de outras formas, tais como se basear em experiências e conhecimentos pré-existentes para antecipar e até prever o resultado de determinadas atividades ou, ainda, empregar atalhos mentais com o objetivo de dispensar grandes quantidades de informações e apenas avaliar aquelas relevantes para a conclusão de determinadas ações.
Além disso, também existem estudos que revelaram que algumas habilidades cognitivas — como a verbal, por exemplo — podem seguir aumentando conforme envelhecemos. Desta forma, e com base no que os pesquisadores descobriram sobre a forma como o cérebro compensa o “envelhecimento” mental, seguir aprendendo coisas novas e, assim, rechear a mente com mais e mais informações, pode ajudar a nivelar parte da perda cognitiva.
FONTE(SUniversidade da Virginia ;time
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