sexta-feira, 1 de maio de 2015

SAÚDE 2015 - Hipertensão: problemas vão além de enfarte e derrame

Quadros de pressão alta que não são tratados adequadamente podem levar a demências, à cegueira e até mesmo falência renal


Reconhecida como inimiga do coração, a hipertensão é um perigo também para outras áreas do organismo altamente vascularizadas, como cérebro, rins e até mesmo os olhos. Assim, se a associação entre a pressão alta, acima de 14 por 9, e o risco de enfarte já é bem compreendida por muitos pacientes, nem sempre fica claro que o problema pode levar também à cegueira e provocar quadros de demência ou falência renal.
No cérebro, a pressão alta causa lesões que vão destruindo os neurônios.  “O sangue fornece o oxigênio essencial para o funcionamento do cérebro e a diminuição do fluxo pode causar a demência vascular, que é a segunda forma mais comum de demência”, explica o cardiologista Marcus Bolivar Malachias, professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e presidente eleito da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Os olhos também podem ser severamente prejudicados em pacientes hipertensos. “As artérias que irrigam a retina podem sofrer alterações em decorrência da hipertensão crônica. Com o passar do tempo, ou em casos de elevação repentina da pressão arterial, podem ocorrer hemorragias, com perda da acuidade visual e até mesmo cegueira”, complementa Malachias.
Já as artérias renais, quando afetadas pela pressão alta, podem levar a uma perda progressiva da função excretora do órgão. “Conforme os vasos renais são danificados, surgem alterações na capacidade de excretar o excedente do que deveria ser eliminado. Por outro lado, se os rins não eliminarem o excedente, este pode contribuir ainda mais para o aumento da pressão”, esclarece o cardiologista.
A hipertensão, em geral, obriga o coração a trabalhar em constante sobrecarga, o que conduz a um espessamento de suas paredes em grande parte dos pacientes. “A hipertrofia ventricular, como é conhecida essa alteração, aumenta o risco da ocorrência de um enfarte ou de insuficiência cardíaca”, ressalta Malachias. O grande problema, enfatiza o médico, é que poucos hipertensos tratam a doença adequadamente. “Dos 40 milhões de hipertensos brasileiros, apenas 19,6% controlam a pressão e 80% estão sujeitos às complicações decorrentes da doença”, destaca.
Hereditariedade, excesso de peso, consumo exagerado de sal, tabagismo e sedentarismo estão entre os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da hipertensão. No Brasil, em que a maioria da população está acima do peso, segundo o Ministério da Saúde, a situação é preocupante. “Além disso, se o indivíduo tem o pai hipertenso, ele tem 30% mais probabilidade de desenvolver a doença e, se a mãe também for, a possibilidade dobra, ou seja, o risco de que ele venha a ter pressão alta é de 60%”, diz o cardiologista.
As complicações decorrentes da hipertensão tomam proporções importantes em um país como o Brasil, em que mais de 30% da população adulta, com 18 anos ou mais, apresenta o problema, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Esse número chega a 50% em pessoas acima de 50 anos, de acordo com os dados mais recentes da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde.
Felizmente, a hipertensão é um quadro de fácil diagnóstico. “Basta uma medida simples da pressão, que deve ser feita em qualquer consulta de rotina, ou até mesmo por aparelhos digitais, que são muito comuns na atualidade”, afirma Malachias. “Quanto antes o paciente se conscientizar da necessidade de adesão ao tratamento, mudança de hábitos, e alimentação saudável, à base de hortaliças, verduras, com pouco sal, maiores são suas chances de proteção e qualidade de vida”, conclui.
Entre as opções de terapias medicamentosas encontra-se a olmesartana medoxomila (por exemplo, Olmetec), que faz parte de uma classe de medicamentos chamada Bloqueadores dos Receptores de Angiotensina II (BRA). Por meio dele, a adesão do paciente ao tratamento é facilitada, já que sua administração é feita com uma única dose ao dia.
VIA:DIARIONE

segunda-feira, 27 de abril de 2015

NATUREZA 2015 - TERREMOTO - Número de mortos passa de 4 mil após terremoto no Nepal

Pelo menos 7,5 mil pessoas ficaram feridas, segundo o governo nepalês.
Dezenas de milhares de pessoas ficaram sem comida, água ou abrigo.


O número de mortos após o terremoto que atingiu o Nepal no sábado (25) passou de 4 mil nesta segunda-feira (27), segundo balanço do Centro Nacional de Operações de Emergência do país. Agências e governos internacionais corriam para enviar equipes de busca e resgate, médicos e remédios ao país. Dezenas de milhares de pessoas ficaram sem comida, água ou abrigo.

O terremoto de magnitude 7,8, o mais violento dos últimos 80 anos no país, provocou vários tremores secundários e diversos deslizamentos no monte Everest, onde 18 pessoas morreram no início da temporada de alpinismo.

As agências humanitárias ainda têm dificuldades para avaliar o alcance da devastação e as necessidades da população. Também morreram 67 pessoas na Índia em decorrência do terremoto. Quase um milhão de crianças precisam de ajuda urgente, segundo o Fundo para Crianças das Nações Unidas (Unicef).



Ao menos 7,5 mil feridos
Pelo menos 7,5 mil pessoas ficaram feridas, segundo o governo nepalês, e o tratamento delas e de outros sobreviventes retirados dos escombros de edifícios destruídos continua sendo uma tarefa bastante desafiadora.

"A prioridade continua sendo salvar vidas e buscar e resgatar sobreviventes", afirma relatório da equipe local das Nações Unidas no Nepal.

O tremor destruiu edifícios, monumentos, estradas e outras infraestruturas. Mais de 60 terremotos secundários, incluindo um sismo de magnitude 6,7, já foram sentidos.

Segundo a agência EFE, pacotes com remédios e equipamentos sanitários foram entregues neste domingo pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a hospitais no Nepal. Os artigos sanitários servirão para atender 40 mil pessoas durante três meses, indicou a organização de sua sede em Genebra.

Além disso, a OMS desembolsou US$ 175 mil como uma primeira doação de emergência para que se atendam as necessidades de saúde mais urgentes dos afetados pelo terremoto.
VIA:G1