sábado, 19 de novembro de 2016

SAÚDE 2016 - O cérebro começa a envelhecer muito antes do que você imagina

Se você tivesse que chutar a idade a partir da qual as pessoas começam a ficar “caducas”, o que você diria, aos 50 anos? Quem sabe um pouco mais tarde, aos 60 talvez? Pois saiba, caro e jovem leitor, que de acordo com alguns estudos, o cérebro humano começa a envelhecer e entrar em decadência quando ultrapassamos a idade de apenas vinte e poucos anos!

Um desses estudos, apresentado pela Universidade da Virginia, nos EUA, apontou que o declínio de alguns aspectos do desempenho cognitivo começa aos 27 anos de idade. Depois de avaliar dois mil indivíduos de diversas idades, os pesquisadores descobriram que aos vinte e poucos anos, embora os neurônios continuem trabalhando, as conexões que existem entre eles — as chamadas sinapses — vão se tornando menos eficientes.

Isso acaba afetando significativamente diversas atividades mentais, como a capacidade de desenhar e visualizar objetos mentalmente, por exemplo. E, aos 30 anos de idade, a memória e o raciocínio já não são mais os mesmos de poucos anos antes. Outro estudo, conduzido pela Universidade Simon Fraser, no Canadá, apontou que o declínio cognitivo começa mais cedo ainda, aos 24 anos de idade.



Apesar das descobertas reveladas nos estudos, o fato de que o declínio cognitivo comece tão cedo não significa que as pessoas simplesmente se tornem “caducas” aos 20 e poucos anos — afinal, o que não faltam são exemplos de gênios que continuaram lúcidos e produtivos mesmo com idades pra lá de avançadas!
Segundo os pesquisadores, o cérebro — esse órgão sensacional —compensa parte do declínio cognitivo de outras formas, tais como se basear em experiências e conhecimentos pré-existentes para antecipar e até prever o resultado de determinadas atividades ou, ainda, empregar atalhos mentais com o objetivo de dispensar grandes quantidades de informações e apenas avaliar aquelas relevantes para a conclusão de determinadas ações.
Além disso, também existem estudos que revelaram que algumas habilidades cognitivas — como a verbal, por exemplo — podem seguir aumentando conforme envelhecemos. Desta forma, e com base no que os pesquisadores descobriram sobre a forma como o cérebro compensa o “envelhecimento” mental, seguir aprendendo coisas novas e, assim, rechear a mente com mais e mais informações, pode ajudar a nivelar parte da perda cognitiva.

http://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/44747-o-cerebro-comeca-a-envelhecer-muito-antes-do-que-voce-imagina.htm

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

UNIVERSO 2016 - Superlua: o que precisa saber sobre a Lua XXL desta noite

A Lua Cheia já está em fase de perigeu e agora já a podemos ver tão grande e brilhante como nunca nos últimos 68 anos. Saiba onde a observar, como a fotografar e as mudanças que vai trazer.




A Superlua desta segunda-feira será a maior e a mais brilhante desde 1948, há 68 anos. E só a voltaremos a ver assim a 25 de novembro de 2034, daqui a 18 anos. A culpa é de um fenómeno combinado: a proximidade da Lua com a Terra no seu círculo elíptico constante e o facto de estarmos em fase de Lua cheia. Por isso, às 17h49 é hora de estar de olhos postos no céu.


O que vai acontecer?

A Lua começou a aproximar-se da Terra às 11h22, quando entrou em fase de perigeu: em toda a sua órbita rotineira em redor da Terra, este é o ponto mais próximo em que poderá estar do planeta mãe. E está, neste momento, a apenas 356 mil quilómetros de nós. Quando o relógio bateu as 13h52 em Portugal, o fenómeno ganhou ainda outra dimensão: a Lua entrou em fase de Lua Cheia, mostrando todo o seu esplendor. Agora é esperar até às 17h49, depois do Sol se por, dando-lhe espaço para brilhar muito mais. Basta olhar na direção nordeste.

Muito mais, na verdade. De acordo com Pedro Pedrosa, astrónomo no Planetário do Porto e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, o que vamos assistir no pôr-do-sol desta segunda-feira é a uma Lua 14% maior do que na última Lua Cheia e 30% mais brilhante que no último apogeu (ponto mais distante de nós).

É uma ilusão ótica, nada mais do que isso: a aproximação da Lua à Terra, de um ponto de vista astronómico, é tão pequena que quase não daríamos por ela. Mas vista assim pousada sobre o horizonte, a nossa mente vai interpretá-la como estando mais próxima e mais brilhante do que realmente está porque temos mais pontos de referência (como prédios ou árvores). A melhor forma de “medir” a diferença entre a “superlua” e a “microlua” (quando a Lua está em apogeu, no ponto mais distante à Terra) é usar o seu dedo mindinho: se esticar o dedoem direção ao céu, o tamanho angular dele – o tamanho que ocupa no céu – é de 60 minutos de arco (um grau); o da Lua é metade.

É, no entanto, uma ilusão ótica que não queremos deixar escapar: desde o outono de 1948, há 68 anos, que não víamos nada tão esplendoroso. E o melhor é aproveitar o momento porque só se repetirá a 25 de novembro de 2034, daqui a 18 anos.
oobservador