Alexandre, o Grande, depois de conquistar muitos reinos, estava voltando para casa quando no caminho adoeceu e esta doença o levou para seu leito de morte.
Com a morte a espreita, Alexandre percebeu como suas conquistas, seu grande exército, sua espada afiada e toda a sua riqueza eram de pouca importância. Desse modo, o poderoso conquistador quedou-se prostrado e pálido, impotente à espera de seu último suspiro.
Ele chamou seus generais e disse: "Vou partir deste mundo em breve e tenho três desejos, por favor, realizem-nos sem falhas.", e os generais concordaram em cumprir a última vontade de seu rei.
"Meu primeiro desejo é que meus médicos devem carregar sozinhos meu caixão.", disse Alexandre. Depois de uma pausa, ele continuou: "Em segundo lugar, desejo que quando meu caixão estiver sendo levado para a sepultura, o caminho que levar ao cemitério deverá ser coberto com ouro, prata e pedras preciosas, que recolhi ao meu tesouro durante minhas conquistas.” Novamente ele pausou por um minuto e continuou. "Meu terceiro e ultimo desejo é que minhas duas mãos sejam deixadas balançando ao vento, fora do caixão e à vista de todos”.
As pessoas ali reunidas se admiraram com os estranhos desejos do rei, mas ninguém ousou questioná-lo. Porém, um dos generais mais queridos de Alexandre beijou sua mão e perguntou-lhe. "Ó rei, nós te asseguramos que seus desejos serão todos cumpridos. Mas diga-nos, por favor, por que nos faz pedidos tão incomuns?"
Alexandre, então, respirou fundo e disse: "Eu quero que o mundo conheça as três lições que acabo de aprender. Quero que meus médicos carreguem meu caixão para que as pessoas percebam que nenhum médico pode realmente curar nosso corpo. Eles são impotentes e não podem salvar uma pessoa das garras da morte certa. Ninguém deve viver sua vida como algo garantido. Meu segundo desejo, para que o caminho até o cemitério seja coberto de ouro, prata e outras riquezas, é para que as pessoas saibam que nem mesmo uma fração de meu ouro irá me acompanhar. Passei toda minha vida acumulando riquezas, porém tudo que aqui conquistei, aqui ficará. Sobre o meu terceiro desejo, de ter minhas mãos à mostra para fora do caixão, é para que as pessoas saibam que eu vim até este mundo de mãos vazias e de mãos vazias sairei."
As últimas palavras de Alexandre antes de morrer foram: "Enterrem meu corpo, não construam nenhum monumento em minha honra e mantenham minhas mãos para fora de minha sepultura, para que o mundo saiba que a pessoa que o conquistou não tinha nada nelas quando morreu.".