quinta-feira, 23 de abril de 2015

NATUREZA 2015 - Inmet confirma tornado em Xanxerê, no Oeste catarinense

Mil pessoas ficaram desabrigadas e duas pessoas morreram na segunda.
Ventos que formaram o tornado podem ter variado de 100km/h até 330km/h.


O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) confirmou na manhã desta terça-feira (21) que Xanxerê, no Oeste catarinense, foi atingida por um tornado no final da tarde de segunda (20). Duas pessoas morreram.

Outras 120 pessoas ficaram feridas e aproximadamente mil ficaram desabrigadas, segundo o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar na cidade. Pelo menos 2,6 mil casas foram danificadas e cerca de 200 mil unidades consumidoras ficaram sem luz na região devido à queda de cinco torres de transmissão de energia.

Os ventos que formaram o tornado podem ter variado de 100km/h até 330km/h por volta das 15h, horário do fenômeno, conforme o Inmet. Há uma estação meteorológica do instituto na cidade que marcou  ventos de 84 km/h no horário. Entretanto, a estação fica longe dos bairros mais atingidos pelo tornado. Ela  não registrou a velocidade dos ventos que formaram o fenômeno.


A escala de classificação de tornados começa em 65 km/h e chega a mais de 500 km/h. O F0 é o mais fraco e o F5 é considerado o mais forte.
“Pelas características dos estragos e pela intensidade dos ventos, definimos a classificação do tornado.Este deve ficar entre F2 e F3, pelas imagens disponíveis”, disse Mamedes Luiz Melo, meteorologista do Inmet Brasília.

Ao menos cinco torres de energia, que suportariam ventos de até 200 km/h, desabaram. Na cidade, muitos carros foram virados com o fenômeno, capotando lateralmente, o que também indicaria a característica cíclica dos ventos.

Os municípios atingidos foram: Chapecó, Guatambu, Ipuaçu, Nota Itaberaba, Cordilheira Alta, Abelardo Luz, Coronel Freitas, Bom Jesus, Ouro Verde, São Domingos, Caxambu do Sul, Planalto Alegre, Concórdia, Lindóia do Sul, Alto Bela Vista, Ponte Serrada, Ipumirim, Passos Maia, Xavantina, Vargeão, Faxinal dos Guedes, Arabutã, Presidente Castelo Branco, Jaborá, Itá, Arvoredo e Paial.

Falta de luz
De acordo com a Celesc, 47% do Oeste catarinense segue sem luz na manhã desta terça. Da área de cobertura da empresa,  ao menos 119 casas estão sem luz, de municípios entre Chapecó e Concórdia. Em Xanxerê, que teve a cidade em praticamente 100% das residências afetadas, a previsão é que o fornecimento seja retomado em 3 a 4 dias.

IMAGENS DA DESTRUIÇÃO




VIDEO DE TORNADOS NO BRASIL


VIA;G1


CEARA 2015 - Lei seca já arrecadou cerca de R$ 60 milhões no Ceará

Desde a implantação da norma, em 2008, 43.997 motoristas foram punidos somente no Estado


Em 19 de junho de 2008, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) era alterado para evitar a combinação de álcool e direção entre os motoristas do País. Nesse dia, foi aprovada a Lei 11.705, a chamada Lei Seca. Quase oito anos depois da implantação da legislação, a prática ainda é recorrente em todo o Brasil. Neste período, 43.997 motoristas já foram punidos somente no Ceará. O número representa uma arrecadação de aproximadamente R$ 60 milhões em multas com a Lei Seca no Estado.
No início de 2015, 1.584 motoristas foram multados no Ceará. O número se aproxima de tudo que foi contabilizado entre julho e dezembro de 2008, que registrou 1.624 casos. Os dados são Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A princípio, a legislação proibia apenas uma quantidade de bebida alcoólica superior a 0,1 mg de álcool por litro de ar expelido no exame do etilômetro (ou 2 dg de álcool por litro de sangue). A multa, na oportunidade, que é considerada uma infração de trânsito gravíssima, era de R$ 957,70. Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) no início de 2013, no entanto, tratou de fortalecer a lei.
A reformulação na legislação permite apenas 0,05 mg de álcool por litro de ar, o que foi denominado de Tolerância Zero. A multa passou para R$ 1.915,30, e, em caso de recorrência em um ano, o valor dobra, saltando para R$ 3.830,60. O condutor tem o direito de dirigir suspenso por um ano, o veículo é retido e a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) recolhida, além de ganhar sete pontos no prontuário do documento e responder a um processo administrativo.
Recusa
A resolução do Contran modificou, também, a punição para quem se recusar a fazer o teste do bafômetro. A mudança definiu que o condutor que se recusar a comprovar a lucidez deve ser punido como os demais. Conforme o Detran, 90% dos motoristas cearenses se recusam a fazer o teste.
De 2013 a 2015, cerca de 8 mil condutores foram autuados pelo Detran por se recusarem a fazer o exame do etilômetro. Nas rodovias federais que cortam o Ceará, a PRF recebeu 371 recusas desde 2014. Muitos deles tem recurso no órgão, mas sem sucesso. "A lei está impiedosa. A recusa já implica na aplicação da penalidade", salienta Ana Inez Oka, presidente da Junta Administrativa de Recursos de Infração do Detran (Jari).
A rigidez das blitze vem crescendo com o decorrer do tempo. Prova disso é a quantidade de bafômetros distribuídos no Ceará. Em 2008, apenas 91 cobriam o Estado. Hoje, Detran e PRF atuam com 161 equipamentos.
Conscientização
Essa maior fiscalização, segundo Wagner Paiva, presidente da Associação dos Psicólogos de Trânsito do Estado do Ceará (Apsitran), vem conscientizando os cidadãos. "A Lei Seca trouxe uma mudança no comportamento. Prova disso é que vem diminuindo o número de acidentes e mortes durante o Carnaval", diz. Neste ano, a PRF registrou queda de 40% nos acidentes.
"Não existe o cidadão educado apenas para o trânsito, mas sim para a vida". É com essa frase que Wagner justifica o desrespeito à Lei Seca. "Precisamos criar no País uma consciência de educação cidadã. Aí vem a escola, que tem papel fundamental de criar na criança essa consciência de respeito ao outro", avalia.
Segundo o Detran, a fiscalização da Lei Seca tem penetração em todo o Ceará, principalmente nas cidades com mais concentração de veículos.
VIA:DIARIONE

NATUREZA 2015 - Vulcão Calbuco entra em nova erupção no Chile

O vulcão chileno Calbuco, situado a 1.000 quilômetros ao sul de 
Santiago, voltou a entrar em erupção nesta quinta-feira, a segunda vez em poucas horas, mantendo o alerta vermelho decretado na região pelas autoridades do país. A nova erupção ocorreu por volta de 1h00 do horário local (mesmo horário de Brasília), informaram o Serviço Nacional de Geologia e Mineração e o Observatório de Vulcões dos Andes do Sul, que recomendaram a manutenção da área de restrição de vinte quilômetros de distância do vulcão.

"As autoridades chilenas continuam atentas e informarão sobre qualquer mudança apresentada na atividade do vulcão", indicaram os dois órgãos em comunicado divulgado na internet. A inesperada erupção do Calbuco, 43 anos depois da última atividade registrada, representa uma "alta ameaça para a população" e as autoridades decretaram alerta vermelho nas localidades de Puerto Varas e Puerto Montt. De acordo com os especialistas, o risco maior não é decorrente da lava ou das rochas que o vulcão expele, mas sim da fumaça que é tóxica e pode provocar sérios problemas pulmonares e respiratórios.

domingo, 19 de abril de 2015

BRASIL 2015 - VENENO - Com baixa produção e valor elevado dos orgânicos, Brasil ainda é 'reféns dos agrotóxicos'


O acesso dos brasileiros a alimentos sem venenos ainda está longe de ser realidade, pelas dificuldades enfrentadas pelos produtores de orgânicos – sem o uso de agrotóxicos ou insumos químicos. Em 20 de março, a presidente Dilma Rousseff participou da abertura da colheita de arroz orgânico no Rio Grande do Sul. No início deste mês, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) recomendou o consumo de alimentos livres de agrotóxicos como maneira de diminuir o número de casos da doença.
 A presença desses produtos nas gôndolas, porém, ainda é escassa e cara, embora o mercado de orgânicos no Brasil cresça entre 20% e 40% a cada ano, em média, de acordo com números de diferentes organizações. Frutas e hortaliças são mais facilmente encontradas em feiras orgânicas, ainda que o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) tenha identificado apenas 290 feiras orgânicas nos mais de 5 mil municípios do país. Nas grandes lavouras de arroz, feijão, milho e soja, a presença de cultivos orgânicos é quase inexistente. No caso da soja, o mercado é amplamente dominado pelas variedades transgênicas, que se tornaram o padrão do mercado – elas responderam por 91% da produção brasileira da oleaginosa na última safra. 

De acordo com o Inca, os produtos obtidos da maneira convencional, com uso intensivo de venenos, são causadores de uma série de graves problemas de saúde. Entre eles, infertilidade, impotência, abortos, malformações, neurotoxicidade, desregulação hormonal, efeitos sobre o sistema imunológico e câncer.

Especialistas em agroecologia asseguram que é possível substituir progressivamente lavouras convencionais por orgânicas, como sugere o Inca. Os produtores orgânicos, no entanto, encontram uma série de entraves para fazer a produção chegar ao prato do brasileiro. Elas vão desde a falta de tecnologia apropriada até a inexistência de programas de comercialização, o que também ajuda a tornar esse tipo de produto mais caro do que o convencional, embora a diferença venha caindo nos últimos anos.

“Desde que o transgênico emplacou no Brasil, tivemos muitas dificuldades”, diz Marcio Challiol, gerente agrícola da empresa Gebana, de Capanema (PR), dedicada ao mercado de orgânicos. “Não há oferta de sementes para cultivo e são necessários enormes cuidados, desde a colheita até a entrega do produto. Muita gente saiu do mercado por contaminação com transgênico e por agroquímico”, completa.

Contaminação 
“Nós, aqui no Brasil, estamos desde 2008 na liderança como os maiores consumidores de agrotóxicos no mundo. Isso por conta do modelo adotado pelo país, do agronegócio. O Brasil se coloca no cenário mundial como exportador de matérias primas básicas, sem nenhum valor agregado, como é o caso da soja, do milho e da cana. São produtos que ocupam a maior parte da área agricultável brasileira, à medida em que a superfície para alimentos básicos vem diminuindo”, destacou o ativista Alan Tygel.

Segundo ele, o país é campeão no uso de agrotóxicos, com consumo per capita de 5,2 litros por habitante ao ano. “Mas isso não é dividido de forma igual. Se pegarmos municípios do Mato Grosso, por exemplo, como Lucas do Rio Verde, lá se consome 120 litros de agrotóxicos por habitante”, alertou Tygel. Os ambientalistas querem o fim da pulverização aérea - medida já praticamente banida em toda Europa -, o fim da comercialização de princípios ativos proibidos em outros países e o fim da isenção fiscal para os agrotóxicos.
“Uma das nossas bandeiras é o fim da pulverização aérea, pois uma pequena parte do agrotóxico cai na planta, e a grande parte cai no solo, na água e nas comunidades que moram no entorno. Temos populações indígenas pulverizadas por agrotóxicos, que desenvolveram uma série de doenças, desde coceiras e tonteiras até câncer e depressão, levando ao suicídio e à má formação fetal”, enfatizou Tygel.
VIA:AGENCIABRASIL