O resultado não foi ainda pior em função de uma entrada líquida de R$ 1,908 bilhão no último dia útil do mês. Em agosto do ano passado, foi registrada captação líquida de R$ 518,319 milhões. Em 2014, a poupança captou R$ 24,034 bilhões, menor captação líquida desde 2011.
Os fatores que ajudam a explicar os saques continuam os mesmos. São inflação elevada, aumento do desemprego, menor crescimento da renda do trabalhador e maiores gastos com tarifas e combustíveis neste ano. A alta da Selic, que está em 14,25% ao ano, também tira atratividade da caderneta, que perde em rentabilidade para outros investimentos mesmo considerando a isenção de Imposto de Renda. No fim de maio, o BC alterou regras de compulsórios sobre a poupança, visando colocar recursos no segmento que é responsável pela maior parte dos financiamentos imobiliários.
Como o saque foi superior ao rendimento de R$ 4,138 bilhões, o patrimônio total da poupança caiu de R$ 648,246 bilhões em julho para R$ 645,117 bilhões.
Desde o fim de agosto de 2013, a poupança voltou a ser remunerada pela “fórmula antiga” de 0,5% ao mês mais TR. Pela regra atual, se a Selic voltar a ficar abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento será equivalente a 70% da taxa básica de juros.