Após o feijão, que continua subindo, o arroz será o próximo grão a deixar a cesta básica mais cara.
A população brasileira sentiu no bolso com o forte aumento que o feijão teve nos últimos dias e deverá preparar ainda mais a carteira porque outro item estará com o preço mais salgado para o consumidor nas próximas semanas: o arroz.
A produção do cereal em baixa escala, custos maiores na importação e aumento na margem para comercialização por parte do varejo contribuíram para o aumento do grão.
Outro fator que contribuiu para este aumento foi a recessão e o desemprego que atingiu os brasileiros. Boa parte dos consumidores consumiam produtos de maior valor e por causa do atual cenário financeiro eles passaram a consumir os produtos básicos. O varejo que perdeu as vendas e margens nos itens mais altos acabou impondo taxas maiores de ganhos nos outros itens.
Para o especialista em arroz e feijão, Vlamir Brandalizze, essas margens de varejo para o pacote de arroz, que variavam entre R$ 1 a R$ 2 por pacote de cinco quilos deverão subir para R$ 3 a R$ 3,5. No caso do feijão, as margens sobem de R$ 1 a R$ 2, por quilo, para R$ 3 a R$ 5.
Segunda o analista essa foi a forma que os varejistas encontraram para buscar um equilíbrio de contas por causa da queda nas vendas em outros setores.
O arroz acumulou no ano, até maio, uma alta de 4,07% que é praticamente a mesma variação do IPCA (4,05%).
A área e produção do grão serão menor nesta safra 2015/16, pois o país destinou 1,99 milhão de hectares para a produção de arroz em 2016, 14% menos do que em 2014/15. A produção na safra 2015/16 recuou para 10,7 milhões de toneladas, ante 12,4 milhões de toneladas na anterior.
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