sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Acidente amplia lista de tropeços na organização da Copa

O acidente com um guindaste na Arena Corinthians em São Paulo na quarta-feira, que deixou dois operários mortos, é o problema mais recente – e talvez o mais grave para a imagem do país, na opinião de especialistas – no processo de organização da Copa do Mundo de 2014.
A lista de imprevistos, que inclui mortes, atrasos, manifestações e crimes, não impedirá a realização nem deverá causar grandes alterações da agenda do torneio do ano que vem. Porém, segundo analistas ouvidos pela BBC Brasil, já podem até afastar torcedores estrangeiros.
De acordo com Peter Tarlow, consultor internacional de segurança em grandes eventos, a imagem do Brasil como anfitrião da Copa foi bastante prejudicada no exterior nas últimas duas semanas. Isso ocorreu devido ao acidente no Itaquerão e aos dois arrastões contra banhistas nas praias do Rio de Janeiro.
"A cada semana vem uma notícia ruim do Brasil, que volta a ser visto como um país com falta de segurança. É uma combinação de fatores", afirmou.
O americano é professor da universidade Texas A&M, atuou na organização do Super Bowl (campeonato de futebol americano), nos Jogos Olímpicos de Inverno nos Estados Unidos e atualmente presta consultoria para a polícia do Rio.
Segundo ele, além da criminalidade nas ruas, o acidente desta semana pode fazer o estrangeiro ver os estádios como locais inseguros. "E agora é a hora em que o americano ou o europeu estão decidindo se compram ingressos e passagem para o Brasil."
O analista disse, porém, que se não ocorrerem outros grandes tropeços até a data do evento (especialmente no Rio de Janeiro, cidade brasileira mais conhecida no exterior), os episódios negativos de agora devem ser rapidamente esquecidos.
Segundo ele, a notícia do acidente não teve maior repercussão nos Estados Unidos A por causa do feriado de Ação de Graças, mas o mesmo não ocorreu na Europa.
Leia abaixo sobre outros tropeços que já preocuparam os organizadores da Copa.

Acidentes e mortes

Além do acidente no Itaquerão outras duas mortes foram registradas em obras de estádios que serão usados em jogos da Copa do Mundo de 2014. Em junho de 2012 o carpinteiro José Afonso de Oliveira Rodrigues, de 21 anos, morreu ao cair de uma laje do Estádio Nacional de Brasília. Em março de 2013 o pedreiro Raimundo Nonato Lima Costa, 49 anos, morreu na construção do estádio de Manaus.  
Também foram registradas uma explosão na Arena da Baixada, em Curitiba no ano de 2012, e um princípio de incêndio na Arena Pantanal, em Cuiabá, já em 2013.
fonte: bbc br.

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