quarta-feira, 20 de novembro de 2013

BRASIL - Dobra número de municípios com risco de epidemia de dengue no Brasil

Fortaleza está em situação de alerta. No Nordeste, o Ceará é o estado com menos municípios em risco: três

O número de cidades brasileiras com risco de epidemia de dengue para este verão dobrou em relação a 2012. Fortaleza é uma das 254 em situação de alerta. Levantamento Rápido do Índice para Aedes aegypti (LIRAa), divulgado ontem pelo Ministério da Saúde, em Brasília, mostra que dos 1.315 municípios analisados, 157 apresentam um alto índice de criadouros de mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti. Em 2012, foram 77 localidades, dentro de um universo de 1.239 cidades analisadas.

O levantamento, realizado em outubro e neste mês, adverte ainda que 525 localidades foram consideradas em nível de alerta para a doença. Os números poderão mudar, pois há capitais estaduais que faltam apresentar os dados, como Belém, Maceió, Recife, Natal, São Paulo e Florianópolis. “O sistema pode estar mais sensível que no ano passado. Mas temos de nos preparar para o cenário pior do que em 2013”, avisou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.

O Nordeste é a região que apresenta maior número de cidades em situação de risco para a dengue neste verão. Das 539 localidades analisadas, 125 têm um alto índice de infestação do mosquito. Outras 254 cidades foram consideradas em situação de alerta. Além de Fortaleza, estão incluídas Salvador, São Luís e Aracaju. Na região, contudo, o Ceará é o Estado com menor número de municípios em situação de risco: três.

Este ano foi um dos piores em número de casos de dengue. Entre janeiro e novembro, foram contabilizados 1,476 milhão de ocorrências da doença. Um número bem superior ao apresentado durante a epidemia de 2010, somando 955.087, e quase três vezes maior do que o registrado em 2012, quando foram confirmadas 545.163 infecções. O aumento de 2013 foi atribuído às eleições municipais de 2012, período de transição de administração, e, sobretudo, à maior circulação do tipo 4 do vírus da doença.

As atividades de prevenção, afirmou, devem ser iniciadas o mais rapidamente possível pelas prefeituras. O ministério repassará R$ 363,4 milhões para intensificar essas atividades. Na região Centro-Oeste, 11 cidades estão sob risco, incluindo Cuiabá. Goiânia e Campo Grande são consideradas em situação de alerta, além de outros 109 municípios da região. Na região Norte, 171 localidades estão sob risco, incluindo Porto Velho e Rio Branco. Boa Vista, Manaus, Palmas e outras 55 cidades em situação de alerta. No Sudeste, o único município considerado de risco é Governador Valadares (MG). Rio e Vitória estão em alerta, além de outras 84 cidades. 
fonte: dn; m.s.

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