quinta-feira, 6 de novembro de 2014

SAÚDE - Saúde lança um guia de alimentação saudável contra a obesidade

De acordo com o Ministério da Saúde, 50,8% dos brasileiros estão acima do peso e 17,5% são obesos.



Brasília. O Ministério da Saúde lançou, ontem, a segunda edição do Guia Alimentar para a População Brasileira, com dicas para compra, preparo e consumo de alimentos. O objetivo da publicação, que será distribuída em escolas públicas e particulares e também em Unidades Básicas de Saúde, é incentivar hábitos alimentares saudáveis e tentar evitar o avanço do sobrepeso e da obesidade na população.
Dados da mais recente pesquisa encomendada pela Pasta mostram que 50,8% dos brasileiros estão acima do peso. O índice, de 2013, é 19% superior ao que havia sido identificado em 2006, quando 42,6% dos entrevistados indicavam estar com peso acima do ideal. A obesidade no período também aumentou de 11,8% para 17,5%. "A segunda edição é menos técnica, voltada para trabalhadores de saúde, para condução de atividades nas escolas", avaliou ontem o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Gordura e açúcar
O guia recomenda que a população evite alimentação em redes de fast-food, alimentos ultraprocessados, formulações industriais como biscoitos, balas, sorvetes, sopas liofilizadas e bebidas lácteas. São produtos geralmente muito ricos em gorduras e açúcares, com alto teor de sódio. O manual também aconselha moderação no uso de óleos, gorduras, sal e açúcar para temperar alimentos.
Para evitar a obesidade, considerada fator de risco para doenças crônicas como diabetes e hipertensão e alguns cânceres, a publicação orienta dar prioridade a uma alimentação caseira. São indicados alimentos frescos, como frutas, carnes e legumes, e minimamente processados, como arroz, feijão e frutas secas. O lançamento do guia teve de ser adiado em alguns dias, em razão do descontentamento da indústria com o teor do material.
Na semana passada, representantes da indústria procuraram o governo e pediram que o conteúdo fosse reavaliado. A justificativa era de que o setor não teria sido ouvido e, sobretudo, a discordância em relação aos produtos ultraprocessados.
Uma nova etapa de reuniões foi feita. O ministro afirmou que o guia não tinha intenção de proibir nenhum tipo de alimento. "Nosso esforço é trazer elementos críticos, informações importantes que precisam ser consideradas pela população", disse.
Em nota, a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia) afirmou que não há base científica para afirmar que alimentos ultraprocessados representam perfil nutricional desbalanceado.


VIA:M.S.

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