A partir desta quinta-feira (19), os bancários de todo o País entram em greve por tempo indeterminado. A paralisação será feita por funcionários de instituições públicas e privadas.
A decisão foi tomada em uma assembleia realizada no último dia 12 e reafirmada na tarde desta quarta-feira (18). Na reunião, a categoria rejeitou a proposta dos bancos de reajuste de 6,1%. Os bancários cobram um aumento salarial de 11,93%.
Para atender o público durante o período de greve, os caixas de autoatendimento vão continuar funcionando.
De acordo com informações do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o lucro dos seis maiores bancos foi de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre do ano, uma alta de 18,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
Já a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) ressaltou que o piso salarial da categoria subiu mais de 75% nos últimos 7 anos e que os salários foram reajustados em 58%, o que significa um aumento real de 23,21%.
Em nota, o diretor de relações do trabalho da Fenaban, Magnus Ribas Apostólico, afirmou que o “o momento atual exige cautela, pois a economia está num ritmo mais lento, as margens de todos os setores estão mais apertadas e a geração de emprego está em queda”.
Ele também afirma que a Fenaban está aberta a negociações. O órgão também confirmou a proposta de reajuste salarial de 6,1% que foi negada pela categoria e que previa entre outros benefícios o reajuste do auxílio refeição, que sobe para R$ 22,77 por dia; a cesta alimentação passa para R$ 390,36 por mês, além da 13ª cesta no mesmo valor e auxílio-creche mensal de R$ 324,89 por filho até 6 anos.
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