Depois da amarelada no Senado, a CPI do BNDES vai sair pela Câmara.
PPS, PSDB, DEM e PSB protocolaram o pedido na tarde desta quinta-feira após a coleta de 199 assinaturas, 28 a mais que o mínimo necessário de 171. Dos três primeiros partidos, todos os deputados assinaram. E não há mais como amarelar.
Luciano Coutinho, o presidente do banco de fomento, foi avisado em primeira mão, quando estava depondo na CPI da Petrobras.
Objetivo da oposição: investigar irregularidades em empréstimos concedidos pelo BNDES, ocorridas entre 2003 e 2015, durante os governos petistas de Lula e Dilma Rousseff.
Os deputados citam os seguintes empréstimos:
1) A Cuba e Angola
Apenas em 2012, esses países receberam US$ 875 milhões do BNDES. Os empréstimos violam o princípio da publicidade e dificultam a ação de órgãos de controle.
2) Às empresas investigadas na Operação Lava Jato
Esses empréstimos somam R$ 2,4 bilhões.
3) Às empresas de Eike Batista e do setor de frigoríficos
Esses empréstimos foram “realizados com critérios questionáveis do ponto de vista do interesse público”, segundo os deputados. “As dificuldades financeiras enfrentadas por estas empresas e o questionável retorno do investimento traz a necessidade de se investigar tais casos.”
O problema é o excesso de CPIs
O número suficiente de assinaturas não significa que a comissão será instalada de imediato. Somente cinco CPIs podem funcionar simultaneamente na Câmara. Hoje, há quatro:
- Petrobras
- Violência contra Jovens Negros e Pobres
- Sistema Carcerário Brasileiro
- Máfia das Órteses e Próteses no Brasil.
Outras seis CPIs estão na fila, justamente para atrapalhar a instalação da que mais importa.
Cabe a oposição pressionar Eduardo Cunha, que foi afagado por Dilma Rousseff pela manhã com uma medalha de “Grande-Oficial”.
Se não instalar a do CPI do BNDES, ficará marcado como o “grande-oficial” do PT.
VIA:Felipe Moura Brasil ⎯ http://www.veja.com/felipemourabrasil
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