sábado, 25 de junho de 2016

BRASIL - SAÚDE 2016 - A cada R$ 1 investido em Saneamento Básico, R$ 4 são economizados no sistema de saúde

Segundo estimam especialistas presentes no 4º Seminário Internacional de Engenharia de Saúde Pública, realizado pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), a cada R$1 investido pelo governo em saneamento básico, o sistema de saúde economiza R$4 no tratamento de doenças causadas pela ausência de tratamento de água e esgoto.
– A partir do momento em que o cidadão tem um sistema de distribuição de água em quantidade e qualidade certas, as doenças de veiculação hídrica, como diarreia e esquistossomose, por exemplo, vão diminuir. Se as doenças diminuem, a quantidade de vezes que uma mãe vai levar o filho com disenteria ao médico vai diminuir. – Explicou o diretor do Departamento de Engenharia da fundação, Ruy Gomide.
Segundo dados apresentados pelo professor da Universidade Federal de Minas Gerais, Leonardo Heller, em todo o mundo, 1,9 milhão de crianças são levadas ao óbito, todos os anos, tendo como causa a diarreia. Do total de doenças registradas na população, 4,2% se devem à falta do saneamento básico.
Em todo o mundo, 1,9 milhão de mortes infantis são causadas por diarreias todos os anos, segundo dados apresentados por Léo Heller, professor da Universidade Federal de Minas Gerais. Do total de doenças registradas na população, 4,2% se devem à falta do saneamento básico.
– Temos de conferir a contaminação da produção de alimentos, por exemplo. Esses alimentos contaminados nas plantações podem estar se tornando um fator de risco para enfermidades crônicas, e essa água pode estar causando câncer ou prejudicando o crescimento das crianças. – Explicou Ana Emília Treasure, especialista da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
O presidente da Funasa, Gilson Queiroz, defende que os gastos em saneamento sejam contabilizados no piso da saúde.
– Uma das melhores ações preventivas de saúde é um ambiente saudável, com o esgotamento sanitário e a coleta de resíduos. Isso traz economia para os serviços de atendimento médico, reduz a fila dos serviços de saúde e reduz os casos de doenças infecciosas e parasitárias. Com a desvinculação, se perde recursos de repasse obrigatório, que poderiam ser empregados nas ações preventivas. – Encerrou Gilson Queiroz.

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